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Categoria: Notícia
Postado em 21 de outubro de 2022

Iniciativa chama a população a doar após queda registrada em razão da Covid-19

A campanha nacional de doação de sangue foi lançada no Dia Mundial do Doador de Sangue, pelo Ministério da Saúde. O tema é “Doe sangue regularmente. Com a nossa união, a vida se completa”.

Cada doação de sangue pode beneficiar até quatro pessoas. Vítimas de acidentes, pessoas em tratamento de câncer, com anemias crônicas e que passaram por cirurgias estão entre as que precisam de doação de sangue.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a doação de sangue é um ato de solidariedade que reafirma o compromisso com a vida e chamou a população a doar. “É importante a doação regular de sangue. Doe sangue regularmente. Vamos nos unir para manter nossos bancos de sangue com reservas suficientes para atender a população brasileira”, afirmou. “É uma política pública muito bem-sucedida que antes, durante e após a crise sanitária continuará no centro das nossas atenções.”

“Neste momento, é necessário incentivar a prática entre nossos amigos e familiares para garantir a manutenção dos estoques de sangue nos hemocentros em todo o país. Por isso, a doação periódica e constante é essencial, mas podemos nos unir para aumentar o número de doações”, frisou a Primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Veja o vídeo da mensagem  em

https://youtu.be/8N_H-JJ8RZw

Incentivo à doação

Houve uma redução na doação de sangue em todo o país desde a chegada da Covid-19, de acordo com os dados do Ministério da Saúde. Em 2019, foram 3.271.824 coletas de sangue no Brasil e, em 2020, 2.958.665 por causa da menor circulação de pessoas provocada por conta do novo coronavírus.

O ministério alerta que, embora tenha havido redução das cirurgias eletivas no país, permanece diária a demanda de sangue por pessoas que têm doenças crônicas, fazem tratamento de câncer, sofrem acidentes e têm complicações em cirurgias e partos que causam hemorragias, por exemplo.

Depoimentos de doadores e receptores de sangue foram exibidos no evento. Um deles é Fernando Fidelis, que tem anemia falciforme e por isso precisa frequentemente de transfusão de sangue. “Eu tiro boa parte do meu sangue e tomo um outro sangue novo. Por conta dessa troca de sangue eu tenho uma vida normal”, contou.

Rede de atendimento

No Brasil, existem 32 hemocentros públicos, com pelo menos um em cada estado. Além de 2.175 serviços de hemoterapia, entre públicos e privados.

As unidades estão preparadas para acolhimento com medidas de prevenção à Covid-19, como agendamento para minimizar a aglomeração de pessoas, higienização das áreas, lavagem de mãos e uso de antissépticos.

Em 2020, o Ministério da Saúde investiu R$ 1,8 bilhão em toda a estruturação, modernização, qualificação de profissionais da rede de sangue e hemoderivados e no fornecimento de medicamentos de alto custo para pacientes portadores de doenças hematológicas.

Doação e vacina da Covid-19

O Ministério da Saúde tem incentivado os brasileiros a doarem sangue antes de serem vacinados. Isso porque há um impedimento temporário para que aqueles que receberam certos tipos de vacinas compareçam aos locais de doação.

No caso do imunizante produzido pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, por exemplo, o período de inaptidão temporária é de 48 horas após cada dose. Para quem recebeu a vacina AstraZeneca/Oxford, produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é de sete dias após cada dose.

O que é preciso para ser doador

  • Ter idade entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos. Os menores de 18 anos devem ter consentimento formal do responsável legal
  • Pesar no mínimo 50 kg
  • Estar alimentado. Não ingerir alimentos gordurosos antes da doação
  • Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas
  • Apresentar documento de identificação com foto emitido por órgão oficial. Serão aceitos documentos digitais com foto
  • Os doadores do sexo masculino devem manter um intervalo de dois meses entre uma doação e outra com o máximo de quatro doações no período de um ano. Para a mulher, o intervalo é de três meses com o máximo de três doações ao ano
  • Impedimentos temporários para a doação
  • Gripe, resfriado e febre: aguardar 7 dias após o desaparecimento dos sintomas
  • Infecção pelo novo coronavírus: aguardar 30 dias após a completa recuperação
  • Período gestacional
  • Período pós-gravidez: 90 dias para parto normal e 180 dias para cesariana
  • Amamentação: até 12 meses após o parto
  • Ingestão de bebida alcoólica: aguardar 12 horas após o consumo
  • Exames/procedimentos com utilização de endoscópio nos últimos 6 meses
  • Vacina da febre amarela ou sarampo: aguardar 4 semanas após a vacinação
  • Tratamento dentário cirúrgico como extração, tratamento de canal: 7 dias após o procedimento e/ou suspensão dos medicamentos

Impedimento definitivo

  • Ter passado por um quadro de hepatite após os 11 anos de idade
  • Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: hepatites B e C, Aids (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV 1 e 2 e doença de Chagas
  • Uso de drogas ilícitas injetáveis

Fonte: Governo Federal

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Postado em 12 de outubro de 2022

Foi publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira, 15 de setembro, a Portaria nº 668 do Ministério da Educação, instituindo Grupo de Trabalho de caráter técnico para discutir a regulamentação do Ensino a Distância em Odontologia, Direito, Enfermagem e Psicologia.

O Conselho Federal de Odontologia (CFO) vai aproveitar o espaço para argumentar com o Ministério da Educação contra a regulamentação na modalidade de ensino a distância para cursos de graduação em Odontologia, mantendo assim seu posicionamento inicial.

Além da criação do Grupo de Trabalho, a portaria define que todos os processos de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos de graduação em Odontologia, Direito, Enfermagem e Psicologia na modalidade a distância estarão sobrestados. Tal posicionamento reflete uma conquista decorrente do trabalho que o Conselho Federal de Odontologia vem realizando desde 2018 contra a modalidade a distância. A participação do Conselho Federal de Odontologia no Grupo de Trabalho é resultado das diversas ações e tentativas feitas contra o EAD na Odontologia.

Preocupado com a formação do profissional, após um longo período onde o Conselho tem combatido o tema, o CFO se vê agora com a oportunidade de deixar claro os motivos pelos quais o curso de odontologia não se enquadra na menor possibilidade de ser ministrado a distância.

Juliano do Vale, presidente do CFO, ressalta a importância de se manter o curso de Odontologia de modo presencial: “O Conselho já vem combatendo essa possibilidade de formação na Odontologia, por entender que podem ocorrer prejuízos irreversíveis na formação do profissional e, consequentemente, à saúde da população. Vale ressaltar que o CFO foi o primeiro Conselho profissional a editar um ato normativo contra a formação nessa modalidade.”

Em 2019, o Conselho editou a Resolução 197, que proíbe a inscrição e o registro de alunos egressos de cursos de Odontologia integralmente realizados na modalidade de ensino a distância (EAD). Confira a Resolução na íntegra.

CLIQUE AQUI e veja a Resolução 197/2019.

Ascom CFO.
imprensa@cfo.org.br

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Postado em 6 de setembro de 2022

Com o objetivo de estimular a conscientização em medidas de biossegurança em Odontologia, o SETBIO 2022 – Setembro Verde pela Biossegurança em Odontologia, é considerado o evento mais importante da área e conta com o apoio do Conselho Federal de Odontologia (CFO).

Destinado a estudantes e profissionais que atuam na área da Odontologia, o SETBIO 2022 traz uma ampla programação on-line e gratuita, que começa a partir desta quinta-feira, 1º de setembro. A abertura do evento será realizada às 20h, horário de Brasília, e terá a presença do presidente do CFO, Juliano do Vale. A programação completa pode ser conferida no link https://bit.ly/3QVjX9v

Um dos destaques do evento on-line é a palestra que aborda a importância das medidas rotineiras do protocolo de biossegurança para os Cirurgiões-Dentistas, suficientes para garantir a segurança de pacientes e profissionais de Odontologia como em casos da doença Monkeypox (MPX), também conhecida como “Varíola dos Macacos”. Trata-se de um vírus em que sua transmissão para humanos pode ocorrer pelo contato próximo a pessoas infectadas, sintomáticas, que apresentam lesões ativas ou pelos fluídos corporais, gotículas respiratórias e sexo.

Pacientes que apresentam úlceras, lesões ou feridas na boca também podem transmitir o Monkeypox. Nesse sentido, o papel dos Cirurgiões-Dentistas é fundamental para a anamnese e diagnóstico. Outras medidas para minimizar a propagação do vírus podem ser tomadas por profissionais da Odontologia. As principais recomendações são que os profissionais estejam atentos aos sinais e sintomas da doença, a desinfecção intensiva e adequada das superfícies e que cuidadosamente usem equipamentos de proteção individual (EPIs) como máscaras, luvas e óculos antes do atendimento, de acordo com o Manual do CFO de Boas Práticas de Biossegurança no Ambiente Odontológico.

Ascom CFO

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Postado em 1 de setembro de 2022

Reportagem Luiza Vidal

Ilustração Marcos de Lima

Se antes as propagandas de cigarro, quando eram permitidas, mostravam o galã da época feliz e “saudável”, andando a cavalo enquanto fumava, hoje a história mudou e há um novo apelo. Basta ligar o celular e encontrar influenciadores digitais usando algo muito mais moderno e atraente: o cigarro eletrônico, conhecido também como vape, pod, jull e até pendrive —pelo fato de se parecer com o dispositivo.

Pequenos, “saborosos” e cheirosos, os DEFs (dispositivos eletrônicos para fumar) funcionam da seguinte maneira: ao colocar o produto na boca e sugá-lo, o líquido (essência) inserido no cartucho é aquecido internamente e, depois da tragada, resulta no tal do vapor —que, segundo os médicos, pode, sim, ser chamado de fumaça.

Apesar de estarem proibidos no Brasil pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), esses produtos são facilmente comprados na internet ou em lojas de tabacaria e estão cada vez mais populares entre pessoas de 13 a 24 anos, conforme mostram pesquisas recentes. Por isso, não é difícil encontrar adolescentes e jovens adultos usando o dispositivo em bares, festas e até nos arredores de escolas —e, às vezes, dentro delas.

Após um longo tempo de análise, a Anvisa não liberou os cigarros eletrônicos, pois eles oferecem diversos riscos à saúde, como dependência de nicotina (presente na grande maioria) e problemas no pulmão e no coração, principalmente.

Entidades médicas, instituições e profissionais de saúde e da educação pedem mais fiscalização, além de campanhas para orientar os jovens e seus responsáveis sobre os perigos desses dispositivos.

Por acharem que os cigarros eletrônicos são inofensivos, muitos pais acabam permitindo que os adolescentes usem os produtos em festas ou até em casa, sem saber que isso pode levar seus filhos a se transformem na nova geração de fumantes —além de sofrerem com diversos problemas de saúde.

‘É um pendrive, professora’

Quando as aulas presenciais retornaram, em agosto de 2021, Eliane Nieman Mello notou um cenário novo na escola em que é diretora, localizada na zona sul de São Paulo: muitos estudantes, de 12 e 13 anos, falando (e usando) do tal do cigarro eletrônico.

Uma das alunas do 7º ano do colégio particular levou o produto e mostrou para as amigas. Quando uma das coordenadoras perguntou o que era aquilo, a adolescente disse ser um pendrive —os vapes estão cada vez mais parecidos com produtos do dia a dia de adolescentes.

Mas Eliane sabia exatamente o que era o dispositivo. Quando questionou a aluna, a garota confirmou a suspeita e disse, repetidas vezes, que aquilo não fazia mal. “Já percebi que os jovens não têm noção do quão perigoso é o cigarro eletrônico”, conta.

A diretora tentou resolver a história conversando e alertando os pais. O problema é que muitos não acham que o cigarro eletrônico faça tanto mal assim para o corpo —o que dificulta o controle do uso.

Alguns pais proíbem o consumo de álcool, mas permitem que os filhos usem o cigarro eletrônico. Há uma falta de informação, então, por mais que eu fale que faz mal, vem um outro lado e diz: ‘Não, não faz mal’.Eliane Nieman Mello, diretora de uma escola em São Paulo

Outro ponto levantado por Eliane é a facilidade de acesso: os alunos conseguem comprar em qualquer lugar —apesar de a venda dos dispositivos ser proibida no Brasil, com multa diária de R$ 5 mil para estabelecimentos que comercializarem o produto.

Dentro da escola ocorreram outros casos, e o que os profissionais de educação tentam fazer é sempre alertar, dar informações baseadas na ciência e realizar palestras com especialistas, sempre que possível. Mas será que é o suficiente?

O jovem precisa compreender que ele está com um dispositivo eletrônico na boca. Existem vários riscos à saúde e eles não se dão conta disso porque temos a indústria do tabaco dizendo que é um produto menos danoso. Então, a gente vai absorvendo essa ideia e normalizando o uso. Mas esse produto veio da indústria que mata mais da metade dos seus consumidores. Não podemos nos esquecer disso.

Andréa Reis, pedagoga e chefe da Divisão de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco do Inca (Instituto Nacional de Câncer)

Novidade, cheiro e sabor: o que atrai os mais jovens

Camila Chamas* e Letícia Camargo têm algo em comum. As duas usam o vape principalmente nos fins de semana, em festas e com amigos. O que atraiu as jovens de 20 anos foi a curiosidade e o cheirinho bom do vapor. As duas fumavam narguilé (produto de tabaco e também perigoso à saúde) e o cigarro eletrônico apareceu como uma opção mais agradável.

“Comecei a usar mais em festas, aquilo de ver todo mundo com um na mão. Fui experimentando de algumas pessoas e aí resolvi ter o meu. Assim, peguei o costume de, todos os fins de semana, comprar um”, conta Camila, que é estudante em São Paulo.

Deborah Carvalho Malta, médica e professora da escola de enfermagem da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), coordenou um estudo sobre o tema (veja abaixo) com jovens de 13 a 17 anos. Ela conta que, hoje, o cigarro eletrônico já é visto como um grande problema de saúde pública.

“Os jovens vão sendo induzidos pela indústria [do tabaco], que afirma que o produto é inofensivo e que, inclusive, é uma opção para ajudar a largar o cigarro comum, reduzindo danos. Mas isso é uma falácia, é um produto do marketing”, explica.

Segundo a médica, o cigarro eletrônico tem feito exatamente o oposto com os mais jovens: é uma forma de iniciar o hábito de fumar, que depois leva ao uso do cigarro tradicional —conforme um estudo do Inca já apontou. “Ele tem vários atrativos [para associar o ato de fumar a algo agradável]: a forma, a cor, o cheiro, o gosto”, afirma Malta.

*O nome foi alterado a pedido da entrevistada.

‘Tive vidro fosco no pulmão’

Anthony Rodrigues*, 20, fumava o cigarro tradicional e o eletrônico. Em 2019, ele começou a ter problemas no pulmão (algo que é relatado por outros jovens): ao praticar esportes, sentia muita falta de ar e fadiga.

O médico, então, pediu uma tomografia, que mostrou “vidro fosco” no pulmão —problema caracterizado por uma lesão inflamatória no órgão, mas sem muita especificidade, como ocorreu com o sertanejo Zé Neto em dezembro do ano passado.

Como estava ao lado da mãe, o jovem omitiu a parte do cigarro tradicional e citou apenas o vape —o uso dos dois é ainda mais agressivo para a saúde, segundo os médicos. Anthony logo cortou o cigarro eletrônico e diminuiu o uso do convencional. Ainda sente um certo cansaço, mas já está melhor.

“O vape tirava minha vontade de fumar o cigarro tradicional, então usava mais o eletrônico. E, quanto mais você fuma o dispositivo, mais você quer experimentar outros sabores”, conta o jovem de Cuiabá.

De acordo com especialistas, utilizar esses produtos nesta faixa etária pode ser ainda mais agressivo para o corpo. Motivo: além do maior risco de ter dependência química, o pulmão —porta de entrada do vapor— ainda está em desenvolvimento.

“O órgão se desenvolve entre os 12 e os 25 anos. Quando você submete o pulmão a tanta agressão, seu desenvolvimento é menor. A reserva que ele precisaria para funcionar bem até os 30 anos diminui”, afirma João Batista de Sá, pneumologista do Hospital Universitário da UFMA (Universidade Federal do Maranhão).

*O nome foi alterado a pedido do entrevistado.

Sou professor do ensino fundamental e médio em uma escola pública. Ocorreu um único caso no colégio, quando um aluno de 13 anos trouxe o objeto e fumou dentro da sala de aula. O produto foi tomado e os pais foram notificados. Não tivemos nenhuma orientação sobre as medidas a serem adotadas, só que nas minhas aulas eu não deixarei ninguém fumar, somente se vier uma ordem de instâncias superiores.

Thiago Sprovieri, professor de uma escola pública de São Paulo

Fonte: https://www.uol.com.br/vivabem/

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Postado em 22 de agosto de 2022

A Justiça Federal do Distrito Federal julgou improcedente o pedido de anulação, feito pelo CFM e outras entidades médicas, da Resolução CFO 198/2019, que reconhece a Harmonização Orofacial (HOF) como especialidade odontológica. A decisão ainda cabe recurso do CFM.

O presidente do Conselho Federal de Odontologia (CFO), Juliano do Vale, comemorou a decisão favorável à Classe Odontológica, reforçando o papel da entidade nas lutas pela valorização dos profissionais dentro da ética e da legislação vigente. “O CFO trabalha sempre com muita cautela, responsabilidade e paciência para alcançar um passo à frente do outro, sempre amparado na Justiça”.

Procurador Geral do CFO, Markceller Bressan, ressaltou que apesar de ainda caber recurso por parte do Conselho Federal de Medicina (CFM), a Decisão proferida pela Justiça Federal vem ratificar o entendimento manifestado quando do indeferimento do pedido liminar feito pelo CFM, de que não há qualquer ilegalidade na Resolução 198. “Do ponto de vista jurídico, é um importante passo em toda essa discussão e que é fortalecida por conta dos incisivos argumentos apresentados, demonstrando que não há ilegalidade da Resolução 198. Ao contrário do que afirma o CFM, a prática de HOF por parte dos Cirurgiões-Dentistas não viola a Lei do Ato Médico. A decisão também corrobora com o parecer do Ministério Público, que no início da ação, afirmou de forma inquestionável que a HOF, praticada por Cirurgiões-Dentistas em outros países, já é uma realidade que não haveria de ser diferente no Brasil”, destacou.

Na sentença, o juiz da 8a Vara Federal do Distrito Federal pontuou todos os aspectos apresentados pelas partes no decorrer desses mais de 3 anos de processo, e assim se manifestou:

“A Harmonização Orofacial, portanto, embora possa ser invasiva – um conceito extremamente vago e relativo – restringe-se à região anatômica, grosso modo, da boca, do pescoço e da face (cabeça).

A região orofacial corresponde anatomicamente à região bucomaxilofacial que, desde a edição da Portaria CFO-54, de 2 de novembro de 1975, está inserida numa das searas de especialização da Odontologia, qual seja, a Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial.

Malgrado sejam especialidades distintas, ambas as especialidades da Odontologia, tanto a antiga Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial, quanto a novel Harmonização Orofacial, atuam aparentemente sobre a mesma região anatômica, área que parece ser comum também às especialidades médicas da Cirurgia Plástica, da Dermatologia, da Otorrinolaringologia, da Neurocirurgia e da Cirurgia de Cabeça e Pescoço.

Não há dúvida, portanto, de que a Harmonização Orofacial é uma legítima especialidade odontológica, muito embora incida sobre uma região anatômica comum também a diversas outras especialidades médicas, razão por que não vislumbro a aventada privatividade da Medicina in casu, não havendo que se falar, portanto, em ilegalidade.

Ante o exposto, DECLARO a ilegitimidade da autora SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA – SBD e, no mérito, JULGO IMPROCEDENTE o pedido”

Clique AQUI para ler a sentença na íntegra.

Ascom CFO
imprensa@cfo.org.br

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Postado em 16 de agosto de 2022

Um dos momentos mais singulares na vida da futura mamãe e de toda a família, a gravidez requer cuidados com a saúde, um deles, o pré-natal odontológico. Para isso, neste 15 de agosto, Dia da Gestante, o Conselho Federal de Odontologia (CFO) reitera a promoção da saúde bucal por meio da prevenção, tanto para a mulher quanto para o bebê.

O Governo Federal, pelo Ministério da Saúde, instituiu uma Política Nacional de Saúde voltada para a Saúde Bucal das Gestantes, trazendo a necessidade do pré-natal odontológico, passando pela avaliação de um Cirurgião-Dentista. A ausência de cuidados com a saúde bucal da paciente pode provocar um parto prematuro e/ou o nascimento do bebê com baixo peso.

A mulher vive a maternidade de forma intensa, porque há uma transformação total em sua anatomia que, por sua vez, se adapta à uma nova vida – isso sem contar os impactos emocionais gerados para a gestante. Nesse sentido, a mulher também adquire hábitos mais saudáveis durante a gravidez, uma vez que ela passa a ter mais preocupações com a saúde do bebê. De acordo com Luiz Evaristo Volpato, conselheiro do CFO e especialista em Odontopediatria há mais de 20 anos, a gravidez é coberta por uma série de mitos e crenças que vão passando de geração para geração e que não há nenhum embasamento científico.

A exemplo das transformações que ocorrem para a gestante, algumas podem refletir para a saúde bucal da paciente, porém, não é uma regra e, ao contrário do que se acredita, nem sempre serão prejudiciais. “Alterações no tecido gengival, como as inflamações, podem ter uma reação mais exuberante nesse momento em função dessa cascata hormonal que está acontecendo na mulher gestante. Entretanto, se a mulher apresentar um tecido periodontal sadio, ela não terá uma alteração preponderante. Ou seja, a inflamação exacerbada acontece quando já existe uma manifestação clínica periodontal e se torna mais evidente”, pondera Volpato.

O conselheiro do CFO também descartou a ideia da perda de dentes da gestante durante o desenvolvimento do bebê neste período. “Há a crença de que, durante a gestação, acontece a perda do cálcio dos dentes, o que não é verdade. Não há comprovação científica sobre isso”, acrescenta.

De acordo com Flavia Konishi, Odontopediatra Clínica há 42 anos e doutora na área pela UNESP de Araraquara, o primeiro passo – depois da confirmação da gravidez – é procurar um Cirurgião-Dentista para o pré-natal odontológico. “As grávidas são consideradas pacientes com necessidades especiais e o Cirurgião-Dentista precisa conhecer as alterações que ocorrem durante este período, quais os melhores trimestres para atendimento, além de precisar ter conhecimento sobre medicação, cuidados primários à gestante. É preciso, portanto, estar preparado para atender a paciente gestante com total segurança”, afirma ela, que é pioneira em pré-natal odontológico no Brasil.

Em seguida, conforme a especialista, o Cirurgião-Dentista que fará o pré-natal odontológico terá duas abordagens. A primeira, na saúde bucal da mulher, fazendo com que a futura mãe tenha uma microbiota boa (correspondente ao conjunto de bactérias que ficam na cavidade oral), seja por procedimentos de profilaxia até outros dependendo da complexidade. Entretanto, não pode ser invasivo, como por exemplo, as reabilitações orais extensas, como clareamentos, colocação de aparelhos ortodônticos, entre outros. A segunda é quando o Cirurgião-Dentista vai passar as orientações para a gestante com relação ao bebê que está esperando. São muitas as orientações que pode antecipar, desde a cavidade oral do recém-nascido até a amamentação, hábitos alimentares, uso de chupeta e mamadeira.

Confira as possíveis alterações na saúde bucal da mulher na gestação:

1) Alterações na saliva: esse é um achado comum, especialmente uma secreção aumentada que, geralmente, vem das parótidas, que são as glândulas salivares maiores localizadas na face, próximas a região das orelhas;
2) Náuseas e vômitos: a hiperêmese gravídica, na maioria dos casos, é transitória, e são comuns até o terceiro mês de gravidez. Em alguns casos, persiste durante toda a gestação, podendo causar distúrbios intencionais e até metabólicos. Caso a gestante sinta ânsia de vômito durante a escovação dos dentes, recomenda-se a escolha de uma escova menor, de cabeça pequena e tentar outros tipos de creme dental (sempre com fluoretado) e com sabores mais suaves, de forma a minimizar as ânsias.
3) Cáries: as mudanças na composição salivar levam as chances das gestantes terem maior risco de cárie.
4) Alterações periodontais: as alterações hormonais e imunológicas trazem repercussões importantes na gengiva, quando a futura mãe já apresenta o quadro de periodontite antes mesmo da gestação.

Ascom CFO
imprensa@cfo.org.br

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Postado em 9 de agosto de 2022

O 16° e último painel da Arena CFO, promovido no CIOSP às 16h de sábado (2/7), trouxe uma relevante discussão intitulada “Impacto geral da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD): Responsabilidade Civil e Direito da Saúde no Dia a Dia do Consultório Odontológico”.

Participaram do painel os palestrantes André Depari, chefe do Departamento Jurídico da APCD, Graziela Calvielli, da ABCD e Soraya Monteiro Guedes, do CROSP.

Depari iniciou a temática contextualizando a LGPD como uma lei adaptada, advinda da legislação europeia. “Não nos adaptamos à Legislação Brasileira. É difícil para a população assimilar. Mas essa legislação é uma realidade e deve ser cumprida. Caso o Cirurgião-Dentista ou qualquer pessoa não a cumpra, a punição corresponde a 2{fed22c75d7a4a33c6fbf3d1d1b90f12a0b0b583db67bd9d917745b8ba99ba320} do faturamento anual do profissional/clínica”, alertou.

Nos últimos anos, conforme a advogada, aumentou o número de processos contra Cirurgiões-Dentistas. As ações por erro odontológico entre 2008 e 2017 sofreram um aumento de 130{fed22c75d7a4a33c6fbf3d1d1b90f12a0b0b583db67bd9d917745b8ba99ba320} em relação ao período anterior, conforme pesquisa intitulada “Judicialização da Saúde no Brasil”, realizada pelo CNJ. “Boa parte desse número se dá porque o paciente dos dias atuais é mais sagaz que o de tempos atrás. Ele tem mais informações e está mais a par de seus direitos, ainda que nem sempre essas informações sejam corretas. Outro ponto é que o acesso do paciente ao judiciário se tornou mais simples e menos burocrático”, justificou.

Completando as apresentações da temática da LGPD, a palestrante da vez foi a Cirurgiã-Dentista Soraya Monteiro Guedes Fernandez, dissertando sobre “Responsabilidade Civil e Direito da Saúde no Dia a Dia do Consultório Odontológico”. “O Cirurgião-Dentista deve, sim, ser um amigo do advogado e vice-versa. É preciso uma grande parceria, estar a par das legislações e cuidar da sua carreira como uma empresa, de forma permanente”, comentou.

Após a rodada de debates entre os ministradores do 16º e último módulo, o vice-presidente do CFO, Raimundo Nazareno de Souza Ávila conduziu o fechamento da Arena CFO, realizada de forma inédita no 39º CIOSP. Na ocasião, Ávila agradeceu toda a diretoria, incluindo o presidente, Juliano do Vale, o secretário-geral, Claudio Miyake, e o tesoureiro, Luiz Evaristo Volpato, mais os conselheiros efetivos e suplentes.

Também foi feito um agradecimento público aos parceiros do CFO, tanto no espaço quanto na Arena CFO.

Fonte: CFO

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Postado em 22 de julho de 2022

A Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço é evidenciada no mês de julho – e, por essa razão, é intitulada “Julho Verde”. O objetivo é ampliar o número de diagnósticos precoces, de forma a evitar e minimizar óbitos e mutilações graves que possam comprometer atividades laborais importantes do paciente, como a fala, a alimentação, a visão, a audição e a cognição.

Conforme o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil registra cerca de 41 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço a cada ano. A incidência deste tipo de câncer, em geral, ocorre em função do tabagismo e do consumo de álcool. Entretanto, o aumento de casos em jovens tem ocorrido também em função da exposição ao vírus HPV, um fator de risco que se manifesta nas relações sexuais desprotegidas, sem o uso do preservativo.

O Conselho Federal de Odontologia (CFO) apoia e entende que a mobilização frente ao “Julho Verde” se faz necessária, uma vez que o Cirurgião-Dentista tem um importante papel na campanha de prevenção do câncer de cabeça e pescoço. O profissional colabora para o diagnóstico, uma vez que os primeiros sintomas se manifestam na cavidade oral, da face e da região de orofaringe dos pacientes.

Para o Presidente do CFO, Juliano do Vale, a campanha do Julho Verde “é uma importante ferramenta para destacar e reforçar o papel do Cirurgião-Dentista como um profissional de saúde atento para um todo, e não somente na saúde bucal”. Ele também reforça que a campanha deve incentivar os Cirurgiões-Dentistas a orientar seus pacientes quanto aos primeiros sintomas e buscar um diagnóstico precoce.

Na Odontologia, a Estomatologia é uma especialidade que tem por objetivo a prevenção, o diagnóstico e o tratamento das doenças próprias do complexo maxilomandibular e das manifestações bucais de doenças sistêmicas, auxiliando no diagnóstico desses tipos de câncer. Outra especialidade que também contempla um olhar aprofundado aos primeiros sintomas na região de cabeça e pescoço é a Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial (CTBMF), responsável por diagnosticar e realizar o tratamento das alterações e das deformidades de todas as patologias envolvendo a face, além de todo o aparelho estomatognático. Entretanto, é importante frisar que todos os Cirurgiões-Dentistas são capacitados clinicamente para o diagnóstico precoce das lesões bucais e de cabeça e pescoço.

Cerca de 70{fed22c75d7a4a33c6fbf3d1d1b90f12a0b0b583db67bd9d917745b8ba99ba320} dos casos de câncer de cabeça e pescoço chegam em estado avançado para o tratamento. De acordo com o Cirurgião-Dentista Everton J. Silva, Cirurgião Bucomaxilofacial, Coordenador do Departamento de Odontologia do Hospital do Câncer do Mato Grosso (HCan-MT) e do Programa de Residência em CTBMF da mesma instituição, o diagnóstico precoce contribui para um tratamento com mais chances de cura e menos métodos invasivos ao paciente.

“O câncer de cabeça e pescoço, juntamente com o câncer de boca, correspondem ao terceiro tipo de câncer com a maior incidência no Brasil. Quanto mais ampliarmos a campanha ‘Julho Verde’ e difundirmos as informações necessárias, é possível identificar a doença no estágio inicial, facilitando um prognóstico muito melhor aos nossos pacientes”, recomenda Silva.

Alguns dos principais sintomas dos cânceres de cabeça e pescoço são:

  • Feridas ou úlceras bucais que não se cicatrizam há mais de 10 dias;
  • Ínguas, nódulos ou espessamento na buchecha;
  • Área avermelhada ou esbranquiçada nas gengivas, língua, amígdala ou revestimento da boca;
  • Irritação na garganta ou sensação de que alguma coisa está presa ou entalada na garganta;
  • Dificuldade para mastigar ou engolir;
  • Dificuldade para mover a mandíbula ou a língua;
  • Dormência da língua ou outra área da boca;
  • Alterações na voz, sensação de rouquidão ou de espinha na garganta que persistem por mais de 7 ou 10 dias;
  • Nódulos ou gânglios aumentados no pescoço;
  • Perda de peso;
  • Mau hálito persistente.

Fonte: Ascom CFO
imprensa@cfo.org.br

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Postado em 21 de junho de 2022

⚠️ ATENÇÃO CONGRESSISTA ⚠️

Está com dúvida se precisa fazer sua inscrição novamente para o CIOSP? A gente te ajuda!

Confira o post e programe-se para um dos maiores eventos de Odontologia do mundo.

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Postado em 3 de junho de 2022

A Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas – APCD sempre esteve presente em inúmeros desafios enfrentados pelos Cirurgiões-Dentistas durante mais de um século. Atualmente, é incontroversa a gravidade da situação enfrentada por esses profissionais desde a entrada em vigor da Lei 13.979 que dispôs sobre as medidas de enfrentamento da emergência em saúde pública, dias antes declarada pela Portaria 188, de 03/02/2020 do Ministério da Saúde, decorrente da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) assim reconhecida pela Organização Mundial da Saúde – OMS em 11/03/2020.

Muitos profissionais da Odontologia estão com seus consultórios e clínicas fechadas ou apenas realizando atendimentos de urgência, seguindo primordialmente as recomendações das autoridades sanitárias, Organização Mundial da Saúde e do próprio Conselho Federal de Odontologia e das Autarquias regionais. Sem falar nos profissionais que estão sendo contaminados por ocuparem a linha de frente no combate ao coronavírus, colocando sua vida em risco para cuidar da vida de seus pacientes.

Diante do exposto, a APCD solicita, urgentemente ao governo federal e às autoridades de saúde, como medida de manter a saúde financeira dessa importante área da saúde, a criação de um plano de apoio econômico a clínicas e profissionais liberais autônomos com o intuito de evitar o comprometimento da sua subsistência e da sua atividade econômica. Confira o ofício completo enviado aos órgãos competentes. 

Fonte: Site APCD

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Postado em 24 de maio de 2022

Está se preparando para o CIOSP e não sabe como chegar ao novo local? Vem que a gente te explica:

O evento será realizado no Distrito Anhembi, localizado na Av. Olavo Fontoura, 1209 – Santana, São Paulo

  • Se você vier de metrô, a estação mais próxima do Anhembi é a Estação Portuguesa-Tietê (Linha 1 – Azul)- 1,5 km aproximadamente. Lá você pode pegar o traslado gratuito próximo à APCD Central, ao lado da estação.
  • Se você vier para o CIOSP de carro: o Anhembi possui um dos maiores estacionamentos da América do Sul.
  • Se você vem de avião: O Anhembi fica próximo aos grandes aeroportos da região: está a 28 km do Aeroporto Internacional de Cumbica (Guarulhos), a 15 km do Aeroporto de Congonhas e a 89 km do Aeroporto Internacional de Viracopos (Campinas).

Para mais informações acesse o site: www.ciosp.com.br

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Postado em 20 de maio de 2022

💉 Profissionais da saúde poderão vacinar-se gratuitamente no estande de Vacinação da Prefeitura de São Paulo, localizado na Avenida 9, entre as Ruas A e B. Os congressistas terão acesso às vacinas: SCR (Sarampo, Caxumba e Rubéola), Duplo Adulto (Difteria e Tétano), Febre Amarela e COVID-19. Além da vacinação, o espaço terá também testes rápidos de Sífilis, Hepatite B e HIV.

✅ Para os interessados, será necessário ter em mãos a carteirinha de vacinação, documento RG/CPF e o Cartão do SUS.

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