O setor de Odontologia passa, junto com o Brasil, por um momento que deve ser analisado. Devemos empenhar nossos esforços na direção da conquista de metas importantes – como a presença do cirurgião-dentista na UTI, cujo PLC foi vetado pelo Governo. Será que faltou mobilização da classe junto aos parlamentares? Será que o PCL foi “costurado” nos meandros políticos como deveria? Faço estas indagações depois de participar da visita do presidente da República à Fiesp, no dia 11 de agosto. Em seu discurso, ele deixa claro (veja nesta edição), dirigindo-se aos empresários e participantes, “que o Governo sucumbirá sem os senhores! Vocês tem que dar o norte. O que nós temos que fazer é não atrapalhar”.
Volto aqui a falar de mobilização ao me questionar se realmente fizemos o tanto que deveríamos ter feito para a aprovação do PLC que tanta diferença iria significar para a nossa população. Vamos aproveitar essa abertura que as palavras do presidente abre para todos os setores e vamos manter um canal aberto com todos os atores dessa missão, envolvendo não apenas os doutores e pesquisadores que nos confirmam a necessidade de um cirurgião-dentista nos hospitais mas com aqueles que analisam o assunto, como nossos legisladores, mas irmos além: há verbas para cobrir este atendimento especial? De onde ela sairá? Os hospitais estão com séria dificuldade. Das empresas do setor? Identificar os gargalos e, só depois disso, mostrar ao Governo que além de necessário, esse atendimento salva vidas e que juntos podemos solucionar esta questão que envolve toda a classe odontológica, aí incluídos os profissionais as empresas e o próprio Governo.
Dr Silvio Cecchetto
Presidente da ABCD Brasil
Bolsonaro na Fiesp: aplausos e medalha
“O governo sucumbirá sem vocês”,diz
O presidente Jair Bolsonaro, em visita à Fiesp no dia 11 de junho, sentiu-se muito confortável diante da presença dos representantes do maior PIB do Brasil (indústrias e entidades nacionais). Muito aplaudido pela plateia de mil convidados, foi condecorado com a Ordem do Mérito Industrial em reconhecimento e admiração da indústria paulista.
A cerimônia foi presidida por Paulo Skaf, presidente da Fiesp, e teve a presença de Paulo Guedes, ministro da Economia, e de Fernando Azevedo, ministro da Defesa. A Associação Brasileira de Cirurgiões-dentistas, representada por seu presidente Silvio Cecchetto, e Wilson Chediek, presidente da Associação Paulista de Cirurgiões-dentistas (APCD) participaram do evento.
“Quanto mais pressão, mais tenho vontade de continuar”
A frase fez parte de discurso do presidente Bolsonaro, de mais de 1 hora e que, desde o início, despertou a simpatia da plateia quando ele levantou-se para auxiliar o maestro João Carlos Martins –que na abertura teve dificuldade de ligar o microfone antes de tocar o Hino Nacional, com apenas dois dedos, ao piano.
Paulo Skaf assinalou o apoio da classe produtora ao Governo e disse que ele próprio e aqueles que representa “estão alinhados com a agenda de Bolsonaro, esperando retorno a médio e longo prazos, mas com certeza é uma diretriz que abrirá a porta para outras reformas necessárias”. Skaf lembrou em suas palavras que o então deputado Bolsonaro o defendeu em tribuna, há anos, devido ao movimento feito pela Fiesp frente às dificuldades do setor empresarial.
Elogios à equipe e boas notícias à população
Ao discursar, Bolsonaro elogiou o ministro da Economia, Paulo Guedes (a quem chamou de “almirante”, ao comparar a votação da reforma da Previdência à batalha de Riachuelo, na Guerra do Paraguai), do Meio Ambiente, Ricardo Salles, da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, da Defesa, Fernando Azevedo e da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes. “A escolha dos ministros, sem critérios políticos, mas técnicos, nos faz um governo diferente.
Nossa obrigação é não atrapalhá-los”, disse. “Eu acredito no Parlamento”, insistiu o presidente ao defender a aprovação da Reforma da Previdência. Ele anunciou a construção de uma escola militar no Campo de Marte (em São Paulo) e a redução do preço da gasolina.
Defendeu ainda as pesquisas sobre o grafeno e sua utilização, não apenas para exportação.
100{38dd7098b134459e6b6a501b5d8eb717e471c680ac2458a7508739dde9309265} de carta branca ao min. Paulo Guedes
“Conheci o Paulo Guedes um ano antes da campanha. Nasceu quase uma paixão entre nós, com todo respeito. Confesso que tinha algumas ideias diferentes das dele, mas me converti à economia de Paulo Guedes”, disse Bolsonaro. Ele voltou a afirmar que deu “100{38dd7098b134459e6b6a501b5d8eb717e471c680ac2458a7508739dde9309265}” de carta branca ao ministro para compor seu ministério e o chamou de “meu posto Ipiranga”.
“Tudo vira após a nossa Reforma da Previdência! Ninguém vai investir em cima de algo que não está dando certo. Nosso Brasil, após essa reforma, dará sinais mais do que suficientes de que estamos dando certo!”.
Dirigindo-se aos empresários, falou:“Os senhores podem sobreviver sem o governo, mas o governo sucumbirá sem os senhores! Vocês têm que dar o norte. O que nós temos que fazer é não atrapalhar”.
Diálogo e compromisso entre Fiesp e Governo
“A sua presença aqui é o maior sinal do respeito que o senhor tem pelas classes brasileiras. Nós apoiaremos o governo porque acreditamos que todas estas medidas tragam soluções para o Brasil”, afirmou Paulo Skaf. “A conta tem que fechar! Conte conosco para ajudar a elaborar esta construção que o senhor quer e prega: um Brasil de pessoas sérias, sem corrupção e com resultados para a sociedade”, completou o presidente da Fiesp.
“Não podemos mais perder tempo com agendas do século passado. Isto não é uma questão ideológica. É matemática!”, disse Bolsonaro sobre a Reforma da Previdência. E completou: “Quem no mundo tem o que nós temos?! O que nos falta é união e os senhores dizerem para onde devemos ir”.
21/6:Dia Nacional de Controle da Asma
Tabaco e asma, uma associação perigosa
Os danos do cigarro vão além da cavidade oral como mostram pesquisadores: não há mais dúvidas que o tabagismo é lesivo aos pulmões. A fumaça inalada leva a estes órgãos diversas substâncias tóxicas que podem destruí-los, pois a fumaça inalada na queima do cigarro leva diversas substâncias tóxicas ao pulmão, deixando cicatrizes pode onde passa. Esta é uma associação extremamente perigosa que vai além da dependência química, pois a asma, por si só, já é uma doença inflamatória crônica que leva a alterações nos brônquios. Considerando-se os malefícios do cigarro, isto pode ser muito prejudicial. E vai além, a fumaça inalada pelo cigarro pode ser prejudicial e lesiva no caso de fumantes passivos que convivem com pacientes que têm o vício em ambientes de uso comum a eles.
Fontes: GINA – Global Initiative for Asthma Updated 2014 (Acessado em 15/09/14); Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma – J. Bras. Pneumol. 2012; 38 (Supl. 1 S1-S46);
Diretrizes para cessação do tabagismo – J Bras Pneumol. 2008; 34(10):845-880