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16 de outubro de 2019
ABCD defende a saúde bucal em reunião da ONU

A Declaração Pública que a Associação Brasileira de Cirurgiões-dentistas (ABCD) fez à ONU foi parte da declaração política da Cobertura Universal de Saúde (UHC), durante as Reuniões de Alto Nível de Chefes de Estado (HLM), da Organização das Nações Unidas (ONU), que aconteceu dia 23 de setembro em Nova York e teve como representante da ABCD o consultor científico internacional da entidade, prof. Cláudio Fernandes do Instituto de Saúde Nova Friburgo da Universidade Federal Fluminense.

O documento construído com a participação do CFO, Abeno e ABO recebeu o aval do Ministério da Saúde. A ABCD foi a única entidade odontológica da America do Sul credenciada pela ONU a participar para o desenvolvimento do texto da declaração política do UHC.

UHC é um acordo mundial negociado pela ONU com os países membros, para implantar a cobertura universal de saúde como referência global mínima para melhorar o acesso aos serviços de básicos de saúde.  É a primeira vez na história da ONU que o tema foi discutido numa Reunião de Alto Nível por Chefes de Estado.

DOCUMENTO 

A ABCD reconhece a UHC (Universal Health Coverage) Cobertura Universal de Saúde, que aponta terem todas as pessoas, em todos os lugares do mundo, acesso aos serviços de saúde sem riscos financeiros. A ABCD defende que a UHC englobe o espectro completo quanto à qualidade dos serviços de saúde, desde a promoção da saúde à prevenção, tratamento e reabilitação e cuidados paliativos.

A ABCD solicita que a Declaração Políticas para a UHC deva incluir as seguintes prioridades de modo a melhorar a saúde bucal e a cobertura universal da saúde:

*Integrar a saúde oral desde os cuidados primários e à UHC. Defende também que a UHC inclua itens como qualidade de serviços de saúde, desde a promoção à prevenção, tratamentos, reabilitação e cuidados paliativos.

* Incluir serviços de saúde oral nos serviços de saúde

* Comprometer-se a prover no mínimo o Pacote Básico de Saúde Oral da ONU, que inclui acesso a cuidados de emergência e diminuição da dor, pasta de dente com flúor disponível e combate à cárie.

*Assegurar acesso adequado para treinamento em saúde bucal dos profissionais e reforçar os sistemas baseados em enfoque de saúde centrado nas pessoas, como parte da atenção primária de saúde.

*Fortalecer pesquisas de saúde para monitorar os sistemas saúde oral.

* Comprometer-se a melhorar a coleta de dados e sistemas de pesquisas voltados às doenças não comunicáveis (NDCs) para integrar os indicadores de saúde oral.

*Compromisso de produzir dados para o SDG 3.8.1 (cobertura de serviços essenciais de saúde oral ) e ir além, apontando tópicos para incluí-los à saúde oral.

*Aumentar investimentos em NCDs, saúde oral e UHC

* Reconhecer que investimentos em NCDs são fundamentais para alcançar a cobertura universal de saúde

* Encorajar a implementação de taxas sobre produtos não saudáveis – tais como tabaco, álcool e bebidas açucaradas – para ajudar a UHC.

“A Associação Brasileira de Cirurgiões-dentistas (ABCD) é a voz independente e reconhecida pelos profissionais de saúde bucal do Brasil. “Somos dedicados à saúde pública, à ética, à ciência, ao desenvolvimento sustentável e ao progresso dos profissionais de saúde oral por meio da defesa da educação e da pesquisa”, afirma Silvio Cecchetto, presidente da ABCD.

*A Declaração ABCD foi publicada também na mídia oficial da ONU

CONCLUSÕES DO UHC/HLM

O movimento internacional em defesa da saúde bucal garantiu a inserção da saúde bucal no parágrafo 34 do texto da declaração política aprovada no dia 23 de setembro.  Os eventos em Nova York durante o UHC/HLM, mostram urgente necessidade de dados científicos sobre o impacto econômico que a saúde bucal tem sobre a saúde geral.  As parcerias intersetoriais dos segmentos de serviço, educação, indústria e políticas públicas foram consideradas essenciais para a efetiva transformação do quadro atual. Há crescente evidência sobre a importância de educação interprofissional para melhor integração da saúde bucal na saúde geral e de rever os objetivos de educação profissional em saúde para aumentar a responsabilidade social.

“As prioridades sobre as ações futuras de promoção de saúde repercutem no mandato da OMS e demandam mais letramento em saúde bucal para fomentar práticas sociais saudáveis e sustentáveis, alerta o prof. Claudio Fernandes.