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21 de outubro de 2022
SOLIDARIEDADE – Campanha incentiva a doação de sangue

Iniciativa chama a população a doar após queda registrada em razão da Covid-19

A campanha nacional de doação de sangue foi lançada no Dia Mundial do Doador de Sangue, pelo Ministério da Saúde. O tema é “Doe sangue regularmente. Com a nossa união, a vida se completa”.

Cada doação de sangue pode beneficiar até quatro pessoas. Vítimas de acidentes, pessoas em tratamento de câncer, com anemias crônicas e que passaram por cirurgias estão entre as que precisam de doação de sangue.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a doação de sangue é um ato de solidariedade que reafirma o compromisso com a vida e chamou a população a doar. “É importante a doação regular de sangue. Doe sangue regularmente. Vamos nos unir para manter nossos bancos de sangue com reservas suficientes para atender a população brasileira”, afirmou. “É uma política pública muito bem-sucedida que antes, durante e após a crise sanitária continuará no centro das nossas atenções.”

“Neste momento, é necessário incentivar a prática entre nossos amigos e familiares para garantir a manutenção dos estoques de sangue nos hemocentros em todo o país. Por isso, a doação periódica e constante é essencial, mas podemos nos unir para aumentar o número de doações”, frisou a Primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Veja o vídeo da mensagem  em

https://youtu.be/8N_H-JJ8RZw

Incentivo à doação

Houve uma redução na doação de sangue em todo o país desde a chegada da Covid-19, de acordo com os dados do Ministério da Saúde. Em 2019, foram 3.271.824 coletas de sangue no Brasil e, em 2020, 2.958.665 por causa da menor circulação de pessoas provocada por conta do novo coronavírus.

O ministério alerta que, embora tenha havido redução das cirurgias eletivas no país, permanece diária a demanda de sangue por pessoas que têm doenças crônicas, fazem tratamento de câncer, sofrem acidentes e têm complicações em cirurgias e partos que causam hemorragias, por exemplo.

Depoimentos de doadores e receptores de sangue foram exibidos no evento. Um deles é Fernando Fidelis, que tem anemia falciforme e por isso precisa frequentemente de transfusão de sangue. “Eu tiro boa parte do meu sangue e tomo um outro sangue novo. Por conta dessa troca de sangue eu tenho uma vida normal”, contou.

Rede de atendimento

No Brasil, existem 32 hemocentros públicos, com pelo menos um em cada estado. Além de 2.175 serviços de hemoterapia, entre públicos e privados.

As unidades estão preparadas para acolhimento com medidas de prevenção à Covid-19, como agendamento para minimizar a aglomeração de pessoas, higienização das áreas, lavagem de mãos e uso de antissépticos.

Em 2020, o Ministério da Saúde investiu R$ 1,8 bilhão em toda a estruturação, modernização, qualificação de profissionais da rede de sangue e hemoderivados e no fornecimento de medicamentos de alto custo para pacientes portadores de doenças hematológicas.

Doação e vacina da Covid-19

O Ministério da Saúde tem incentivado os brasileiros a doarem sangue antes de serem vacinados. Isso porque há um impedimento temporário para que aqueles que receberam certos tipos de vacinas compareçam aos locais de doação.

No caso do imunizante produzido pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, por exemplo, o período de inaptidão temporária é de 48 horas após cada dose. Para quem recebeu a vacina AstraZeneca/Oxford, produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é de sete dias após cada dose.

O que é preciso para ser doador

  • Ter idade entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos. Os menores de 18 anos devem ter consentimento formal do responsável legal
  • Pesar no mínimo 50 kg
  • Estar alimentado. Não ingerir alimentos gordurosos antes da doação
  • Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas
  • Apresentar documento de identificação com foto emitido por órgão oficial. Serão aceitos documentos digitais com foto
  • Os doadores do sexo masculino devem manter um intervalo de dois meses entre uma doação e outra com o máximo de quatro doações no período de um ano. Para a mulher, o intervalo é de três meses com o máximo de três doações ao ano
  • Impedimentos temporários para a doação
  • Gripe, resfriado e febre: aguardar 7 dias após o desaparecimento dos sintomas
  • Infecção pelo novo coronavírus: aguardar 30 dias após a completa recuperação
  • Período gestacional
  • Período pós-gravidez: 90 dias para parto normal e 180 dias para cesariana
  • Amamentação: até 12 meses após o parto
  • Ingestão de bebida alcoólica: aguardar 12 horas após o consumo
  • Exames/procedimentos com utilização de endoscópio nos últimos 6 meses
  • Vacina da febre amarela ou sarampo: aguardar 4 semanas após a vacinação
  • Tratamento dentário cirúrgico como extração, tratamento de canal: 7 dias após o procedimento e/ou suspensão dos medicamentos

Impedimento definitivo

  • Ter passado por um quadro de hepatite após os 11 anos de idade
  • Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: hepatites B e C, Aids (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV 1 e 2 e doença de Chagas
  • Uso de drogas ilícitas injetáveis

Fonte: Governo Federal