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Categoria: Notícia
Postado em 25 de abril de 2022

A Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas – ABCD, suas Seções e Regionais, consternadas comunicam o falecimento do dirigente e amigo José Renato Berro, ocorrido nesta manhã (24/04), na Cidade de Jaú, São Paulo.

Jose Renato Berro, era Natural de Bocaina, São Paulo, sempre dedicou-se a Odontologia exercendo dignamente a profissão na Cidade de Jaú, São Paulo, ocupou diversos cargos relacionados à Odontologia, representando os profissionais, através da Regional da APCD em Jaú, por diversas gestões como Presidente. Contribuiu ativamente também na APCD Central como Vice-Presidente, assim como na ABCD Nacional auxiliando na fundação, como Vice-Presidente e Presidente do CNR – Conselho Nacional dos Representantes

Dirigente e amigo muito querido, idealizador, competente, digno, deixa saudades e uma história de dedicação construída na Odontologia tanto Jauense como Brasileira.

A ABCD Nacional lamenta com profundo pesar a perda deste grande amigo e líder.

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Postado em 7 de abril de 2022

Conselhos de Odontologia lançam campanha de conscientização e prevenção direcionada ao Dia Mundial da Saúde

Neste Dia Mundial da Saúde, 7 de abril, os Conselhos de Odontologia reforçam a necessidade de conscientizar a população sobre a importância de visitar o Cirurgião-Dentista rotineiramente, assim como acontece com outras especialidades da área da saúde. A campanha “Saúde tá no corpo. Saúde tá no cuidado. Saúde tá na boca” é de iniciativa do CRO-SP com foco na importância da Odontologia para a promoção da saúde de forma global.

A campanha contará com a divulgação de peças publicitárias, materiais informativos, mídia indoor, veiculação em rádios, TVs, entre outros meios de comunicação e também será disponibilizada para outros conselhos regionais.

Saúde bucal e saúde geral: entenda essa relação

O conceito da campanha “Saúde tá no corpo. Saúde tá no cuidado. Saúde tá na boca” se baseia na relação estabelecida entre a boca e as demais funções do organismo.

A ação desperta para a importância de difundir e tornar comum a ideia de que a saúde geral começa pela boca e que a atenção à saúde bucal, por meio de cuidados e da prevenção, é essencial para evitar desde doenças como a cárie, a gengivite e a periodontite, até patologias como o câncer bucal, como reforça a Cirurgiã-Dentista Sofia Takeda Uemura, habilitada em Odontologia Hospitalar, Mestre em Odontologia e Doutora em Ensino de Ciências.

A Cirurgiã-Dentista explica que a periodontite – ou doença periodontal – é uma doença inflamatória que atinge os tecidos de suporte dos dentes (ligamento periodontal e o osso), podendo causar reabsorção óssea, retração da gengiva, mobilidade e até perda dos dentes. Além disso, Sofia chama a atenção para quadros mais graves, com sérias consequências para o organismo, como a endocardite bacteriana, que é uma complicação causada por bactérias oriundas de infecção bucal que podem se espalhar na corrente sanguínea e se alojar nas válvulas cardíacas, comprometendo o funcionamento do coração.

Outro exemplo citado pela Cirurgiã-Dentista é o câncer bucal. Seu aparecimento é favorecido pelo uso de tabaco e álcool. Identificado e diagnosticado pelo Cirurgião-Dentista e cuidado pelo oncologista, o câncer bucal tem maior chance de eficácia no tratamento quando descoberto na fase inicial. “Esse câncer envolve estruturas muito delicadas da face e, dependendo do estágio, o tratamento cirúrgico pode envolver a remoção de língua, mandíbula e maxilar. São tratamentos muito invasivos que podem deixar o paciente mutilado”, acrescenta.

De acordo com uma pesquisa do Instituto Nacional de Câncer – INCA, no triênio de 2020/2022, a estimativa de novos casos de câncer de boca é de 15 mil por ano, sendo os homens com idade superior a 50 anos o público mais afetado (70{38dd7098b134459e6b6a501b5d8eb717e471c680ac2458a7508739dde9309265} dos casos diagnosticados). Porém, aproximadamente ¼ dos casos podem ocorrer em pessoas mais jovens.

Além dos aspectos relacionados à saúde física geral, a saúde mental também pode ser impactada quando há um prejuízo relacionado à dentição e, consequentemente, à imagem da pessoa. Da mesma forma, fatores psicológicos relacionados a doenças como a depressão afetam a autoestima e ocasionam o abandono dos cuidados pessoais e dos hábitos relacionados à higiene bucal.

Portanto, para se alcançar um maior bem-estar, é necessário enxergar que cuidar da saúde geral obrigatoriamente envolve cuidar da saúde bucal por meio de informação, prevenção e, quando necessário, tratamentos restauradores e reabilitadores, sempre com o acompanhamento de um Cirurgião-Dentista.

Fonte: www.cfo.org.br

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Postado em 12 de fevereiro de 2022

Publicação endossada pela Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica e pelo Conselho Federal de Odontologia

Há crescente divulgação e polêmica relacionadas a riscos potencialmente associados à remoção de restaurações de amálgama em uma prática odontológica autodenominada ‘biológica’ ou ‘integrativa’. Este texto tem a finalidade de trazer informações embasadas em evidência científica e análise crítica da literatura para antagonizar narrativas enganosas e tranquilizar cirurgiões-dentistas e pacientes sobre o tema.

Receios sobre contaminação e risco ambiental relacionados ao amálgama estão presentes na história da odontologia há séculos. A origem reside no fato do amálgama ser uma liga metálica que contém mercúrio, um conhecido metal pesado. Em sua forma elementar ou orgânica, o mercúrio oferece, sim, riscos à saúde e ao meio ambiente como poluente, por isso há movimento mundial para redução de seu uso por meio da Convenção de Minamata1. Nas restaurações dentárias, entretanto, o mercúrio está presente primariamente em sua forma inorgânica, que é mais segura e não foi mostrada causar doenças às pessoas. Estudos mostraram que os níveis de mercúrio liberados de restaurações são tão baixos que nem mesmo níveis muito maiores àqueles associados a uma boca cheia de restaurações de amálgama representam perigo à saúde.2

O amálgama já foi muito utilizado na odontologia, mas há anos enfrenta phase down no uso e ensino visando à sua descontinuação total em alguns anos por conta do descarte inadequado e risco de poluição. Até há poucos anos, ainda era possível que cirurgiões-dentistas manipulassem o mercúrio em sua forma líquida, o que podia causar risco ocupacional. Se a restauração de amálgama é tão perigosa para pacientes quanto as narrativas propagam, por que não há registro de intoxicação em massa de cirurgiões-dentistas que manipulavam o produto livremente? Ou documentação de milhares de pacientes com agravos de saúde comprovadamente causados pela presença de restaurações na boca? Talvez porque a literatura esteja sendo analisada de forma seletiva.

Durante a remoção de restaurações antigas, o risco de contaminação é ainda menor do que quando o mercúrio era manipulado no consultório. Estudos realizados na época em que o amálgama ainda era muito utilizado mostraram que o uso de irrigação, sugador e isolamento com dique de borracha eram suficientes para filtrar 99,5{fed22c75d7a4a33c6fbf3d1d1b90f12a0b0b583db67bd9d917745b8ba99ba320} do vapor de mercúrio gerado no procedimento e que, mesmo sem o uso de isolamento, os níveis de mercúrio liberados ao remover restaurações eram baixos.3-5

O tema é tão relevante que órgãos internacionais já se posicionaram oficialmente. Em 2020, a International Association for Dental Research publicou declaração de política e posição sobre a segurança do amálgama dental,6 embasada por estudos da Food and Drug Administration dos EUA (2019)7 e do Comitê Científico sobre Riscos Emergentes e Recém-Identificados à Saúde da União Europeia (2015)8. Estes órgãos são unânimes em afirmar que a evidência atual é insuficiente para apoiar uma associação causal entre mercúrio do amálgama dental e efeitos adversos à saúde, e que a evidência atual não sugere a necessidade de remoção preventiva de restaurações de amálgama pré-existentes.

Embora o amálgama esteja com seus dias contados na odontologia, tenha clareza que restaurações de amálgama não causam envenenamento, intoxicação ou agravos à saúde e também que restaurações não devem ser removidas em razão de riscos de contaminação. Ao remover restaurações de amálgama, instrumentais e equipamentos utilizados há décadas por cirurgiões-dentistas são suficientes e seguros para proteção de profissionais e pacientes, incluindo EPIs tradicionais, sugador e dique de borracha. Não existem estudos controlados sobre protocolos de desintoxicação, que não devem ser prescritos a pacientes. O resultado de pessoas se sentindo ‘melhor’ depois de terem restaurações de amálgama removidas não pode ser desvinculado do conhecido efeito nocebo, que ocorre quando expectativas negativas geradas por profissionais, especialmente quando mal informados, podem ocasionar efeitos adversos que não deveriam existir.

O assunto gera polêmica pela baixa capacidade de pacientes e alguns profissionais da área da saúde em interpretarem evidências científicas, além da fácil manipulação de narrativas em redes sociais. Cirurgiões-Dentistas e pacientes mal treinados em análise de evidência podem ser facilmente convencidos por histórias enganosas. Cirurgiões-Dentistas também podem ser vítimas e acreditar que estão entregando os melhores cuidados a seus pacientes. Porém alegar doenças não existentes e sugerir terapias miraculosas rende visibilidade e retorno financeiro a quem propaga ideias sem embasamento crítico. Todo cirurgião-dentista atua em processos biológicos e saúde. Cuidado com práticas de saúde que fazem uso incorreto de informações e se aproximam de charlatanismo, mesmo que inconsciente. Propagadores da ideia de que pacientes com amálgama estão envenenados são responsáveis por causar mal-estar, desconforto e ansiedade às pessoas e devem ser responsabilizados por isso. Limites precisam ser estabelecidos antes que seja tarde demais.

Texto e análise:

Rafael R. Moraes

Professor e pesquisador, Faculdade de Odontologia

Universidade Federal de Pelotas

REFERÊNCIAS

  1. United Nations Environment Programme, Minamata Convention of Mercury <https://www.mercuryconvention.org/en>. Acesso em 08/08/2022.
  2. Dodes JE. The amalgam controversy. An evidence-based analysis. J Am Dent Assoc 2001; 132:348-56.
  3. Nimmo A, Werley MS, Martin JS, Tansy MF. Particulate inhalation during the removal of amalgam restorations. J Prosthet Dent 1990; 63:228-33.
  4. Engle JH, Ferracane JL, Wichmann J, Okabe T. Quantitation of total mercury vapor released during dental procedures. Dent Mater 1992; 8:176-80.
  5. Berglund A, Molin M. Mercury levels in plasma and urine after removal of all amalgam restorations: the effect of using rubber dams. Dent Mater 1997; 13:297-304.
  6. Ajiboye AS, Mossey PA; IADR Science Information Committee, Fox CH. International Association for Dental Research policy and position statements on the safety of dental amalgam. J Dent Res 2020; 99:763-8.
  7. US Food and Drug Administration. Epidemiological evidence on the adverse health effects reported in relation to mercury from dental amalgam. Silver Spring (MD): US Department of Health and Human Services, 2019. Acesso em 08/08/2022.
  8. Scientific Committee on Emerging and Newly Identified Health Risks. The safety of dental amalgam and alternative dental restoration materials for patients and users. Brussels (Belgium): European Commission, 2015. Acesso em 08/08/2022.

Ascom CFO
imprensa@cfo.org.br

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Postado em 5 de fevereiro de 2022

O Dia Mundial do Câncer, 4 de fevereiro, tem o intuito de conscientizar a população sobre a importância de hábitos saudáveis para prevenção da doença e mobilizar os governos para a criação de medidas de controle do câncer. Nesta data, o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), alerta para um dos tipos da doença que mais acometem os brasileiros: o câncer de boca.

O câncer da cavidade oral aparece na 12º posição entre os tipos mais frequentes da doença no Brasil, sendo o 5º mais comum considerando apenas homens, que representam mais de 70{fed22c75d7a4a33c6fbf3d1d1b90f12a0b0b583db67bd9d917745b8ba99ba320} dos casos. Levantamento do Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que mais de 14 mil casos sejam registrados no país anualmente.

Segundo o Cirurgião-Dentista Celso Lemos, integrante da Câmara Técnica de Estomatologia do CROSP, a faixa etária que mais sofre com a doença é a dos 50 aos 60 anos. Isso porque a incidência do tabagismo, uma das principais causas da doença, é bastante alta nesse grupo. “Cerca de 80{fed22c75d7a4a33c6fbf3d1d1b90f12a0b0b583db67bd9d917745b8ba99ba320} dos pacientes diagnosticados nessa faixa etária fumam ou fumaram por muito tempo, além do consumo de álcool em excesso”, afirma o profissional.

Outros fatores estão relacionados com esse tipo de câncer, como maus hábitos de higiene oral e o vírus HPV. “Nos últimos anos foi detectada a relação entre o vírus HPV e os tumores de orofaringe (base da língua e garganta). Portanto, a recomendação é usar preservativo nas relações sexuais e vacinar meninas e meninos, a partir dos 8 anos de idade, contra o HPV”, alerta Lemos.

Diagnóstico

O diagnóstico tardio é um dos maiores problemas para quem enfrenta o câncer de boca, uma vez que, na maioria dos casos, a doença não apresenta sintomas nos estágios iniciais. Por isso a importância de consultas regulares. “Visitas periódicas ao Cirurgião-Dentista e a atenção a qualquer sinal de alteração nas mucosas da boca, aumentam as chances de um diagnóstico precoce, que poderá ser feito por um estomatologista”, diz Lemos.

Os primeiros sinais do câncer bucal incluem manchas brancas ou vermelhas na mucosa da boca, aumento de volume em regiões da boca, cabeça e pescoço e feridas semelhantes a aftas, que não cicatrizam após 15 dias.

Atendimento

Na cidade de São Paulo, os Cirurgiões-Dentistas da rede de Atenção Primária à Saúde (APS) das Unidades Básicas de Saúde estão aptos a identificar qualquer alteração dos tecidos bucais, encaminhando pacientes para estomatologistas nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) para diagnóstico em caso de detecção de qualquer anomalia. Em 2019, 227 casos de câncer de boca foram detectados nos equipamentos municipais de saúde da capital segundo a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo.

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Postado em 15 de janeiro de 2022

A Câmara dos Deputados, por meio da CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania), aprovou em caráter terminativo o Projeto de Lei 1172/15, que obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a oferecer a cirurgia plástica de lábio leporino e o tratamento pós-cirúrgico: fonoaudiologia, psicologia, ortodontia, e demais especialidades necessárias a recuperação.

O projeto de lei agora segue para aprovação no Senado e por fim, sanção presidencial.
O Sistema Único de Saúde já oferece a cirurgia e acompanhamento especializado para pessoas com essa condição, mas a proposta do autor do projeto é ampliar o atendimento e assegurar a todos o acesso rápido ao tratamento.

Pelo texto, de autoria do deputado federal Danrlei de Deus Hinterholz (PSD-RS), “se houver diagnóstico confirmado no pré-natal, o encaminhamento deverá ser feito logo após o nascimento do bebê.”

A rede pública de saúde também deverá prover tratamento de reeducação oral, para auxiliar os exercícios de sucção, mastigação e desenvolvimento da fala, além da assistência por ortodontista e psicólogo, quando necessário.
“Estudos mostram que quanto mais cedo é realizada a reparação, melhores são os prognósticos de recuperação”, disse o relator na CCJ, deputado Evandro Roman (PSD-PR). Seu relatório indicou a constitucionalidade integral da lei.

O lábio leporino ou fenda palatina é uma condição congênita comum que gera a abertura do lábio e do céu da boca e causa dificuldade para falar e comer.

De acordo com OMS – Organização Mundial de Saúde, estima que 1 a cada 650 crianças nascidas tenha lábio leporino.

Fonte: Criança Especial
Foto destacada: ONG Operação Sorriso / Divulgação

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Postado em 14 de dezembro de 2021

As doenças não transmissíveis agora constituem 7 das 10 principais causas de morte do mundo, de acordo com as Estimativas Globais de Saúde de 2019 da OMS, publicadas hoje. Este é um aumento de 4 das 10 principais causas em 2000. Os novos dados cobrem o período de 2000 a 2019 inclusive.

As estimativas revelam tendências nas últimas 2 décadas na mortalidade e morbidade causadas por doenças e lesões. Eles destacam claramente a necessidade de um foco global intensificado na prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e doenças respiratórias crônicas, bem como no combate a lesões, em todas as regiões do mundo, conforme estabelecido na agenda dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU .

“Essas novas estimativas são outro lembrete de que precisamos acelerar a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de doenças não transmissíveis”, disse o Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, Diretor-Geral da OMS. “Eles destacam a urgência de melhorar drasticamente os cuidados de saúde primários de forma equitativa e holística. Um forte atendimento de saúde primário é claramente a base sobre a qual tudo se baseia, desde o combate a doenças não transmissíveis até o gerenciamento de uma pandemia global. ”

A doença cardíaca continua sendo a causa de morte número 1; diabetes e demência entram no top 10

As doenças cardíacas permaneceram a principal causa de morte em nível global nos últimos 20 anos. No entanto, agora está matando mais pessoas do que nunca. O número de mortes por doenças cardíacas aumentou em mais de 2 milhões desde 2000, para quase 9 milhões em 2019. As doenças cardíacas agora representam 16{38dd7098b134459e6b6a501b5d8eb717e471c680ac2458a7508739dde9309265} do total de mortes por todas as causas. Mais da metade dos 2 milhões de mortes adicionais ocorreram na região do Pacífico Ocidental da OMS. Por outro lado, a região europeia tem visto um declínio relativo nas doenças cardíacas, com mortes diminuindo em 15{38dd7098b134459e6b6a501b5d8eb717e471c680ac2458a7508739dde9309265} [1].

A doença de Alzheimer e outras formas de demência estão agora entre as 10 principais causas de morte em todo o mundo, ocupando o terceiro lugar nas Américas e na Europa em 2019. Mulheres são afetadas de forma desproporcional: globalmente, 65{38dd7098b134459e6b6a501b5d8eb717e471c680ac2458a7508739dde9309265} das mortes por Alzheimer e outras formas de demência são mulheres.

Mortes por diabetes aumentaram 70{38dd7098b134459e6b6a501b5d8eb717e471c680ac2458a7508739dde9309265} globalmente entre 2000 e 2019, com um aumento de 80{38dd7098b134459e6b6a501b5d8eb717e471c680ac2458a7508739dde9309265} nas mortes entre homens. No Mediterrâneo Oriental, as mortes por diabetes mais do que dobraram e representam o maior aumento percentual de todas as regiões da OMS.

Redução global de mortes por doenças transmissíveis, mas ainda é um grande desafio em países de baixa e média renda

Em 2019, a pneumonia e outras infecções respiratórias inferiores eram o grupo mais mortal de doenças transmissíveis e, juntas, classificadas como a quarta principal causa de morte. No entanto, em comparação com 2000, as infecções respiratórias inferiores estavam ceifando menos vidas do que no passado, com o número global de mortes diminuindo em quase meio milhão.

Esta redução está em linha com um declínio global geral na percentagem de mortes causadas por doenças transmissíveis. Por exemplo, o HIV / AIDS caiu da 8ª causa principal de morte em 2000 para a 19ª em 2019, refletindo o sucesso dos esforços para prevenir a infecção, testar o vírus e tratar a doença nas últimas duas décadas. Embora continue a ser a quarta principal causa de morte na África, o número de mortes caiu em mais da metade, caindo de mais de 1 milhão em 2000 para 435.000 em 2019 na África.

A tuberculose também não está mais no top 10 mundial, caindo do 7º lugar em 2000 para o 13º em 2019, com uma redução de 30{38dd7098b134459e6b6a501b5d8eb717e471c680ac2458a7508739dde9309265} nas mortes globais. Ainda assim, permanece entre as 10 principais causas de morte nas regiões da África e do Sudeste Asiático, onde é a 8ª e a 5ª causa, respectivamente. A África viu um aumento na mortalidade por tuberculose após 2000, embora tenha começado a diminuir nos últimos anos.

As novas estimativas também enfatizam o tributo que as doenças transmissíveis ainda cobram em países de baixa renda: 6 das 10 principais causas de morte em países de baixa renda ainda são doenças transmissíveis, incluindo malária (6ª), tuberculose (8ª) e HIV / AIDS (9º). Enquanto isso, nos últimos anos, os relatórios da OMS destacam uma desaceleração geral ou estagnação do progresso contra doenças infecciosas como HIV, tuberculose e malária.

As pessoas estão vivendo mais – mas com mais deficiência

As estimativas confirmam ainda a tendência de crescimento da longevidade: em 2019, as pessoas viviam mais de 6 anos a mais do que em 2000, com uma média global de mais de 73 anos em 2019 em comparação com quase 67 em 2000. Mas, em média, apenas 5 de esses anos adicionais foram vividos com boa saúde.

Na verdade, a deficiência está aumentando. Em grande medida, as doenças e condições de saúde que mais mortes causam são as responsáveis ​​pelo maior número de anos de vida saudáveis ​​perdidos. Doenças cardíacas, diabetes, derrame, câncer de pulmão e doença pulmonar obstrutiva crônica foram coletivamente responsáveis ​​por quase 100 milhões de anos de vida saudáveis ​​adicionais perdidos em 2019 em comparação com 2000.

Lesões são outra causa importante de invalidez e morte: houve um aumento significativo nas lesões causadas pelo trânsito na região africana desde 2000, com um aumento de quase 50{38dd7098b134459e6b6a501b5d8eb717e471c680ac2458a7508739dde9309265} tanto em mortes quanto em anos de vida saudáveis ​​perdidos. Aumentos semelhantes, mas ligeiramente menores (em torno de 40{38dd7098b134459e6b6a501b5d8eb717e471c680ac2458a7508739dde9309265}), também foram observados na região do Mediterrâneo Oriental. Globalmente, as mortes por lesões causadas pelo trânsito são 75{38dd7098b134459e6b6a501b5d8eb717e471c680ac2458a7508739dde9309265} masculinas.

Nas Américas, o uso de drogas surgiu como um contribuinte significativo tanto para a deficiência quanto para a morte. Houve um aumento de quase três vezes nas mortes por transtornos por uso de drogas nas Américas entre 2000 e 2019. Esta região também é a única em que o transtorno por uso de drogas é um dos 10 principais contribuintes para anos de vida saudáveis ​​perdidos devido a mortes prematuras e invalidez, enquanto em todas as outras regiões, o uso de drogas não está entre os 25 primeiros.

Fontes de dados e metodologia

As estimativas de saúde global da OMS apresentam dados de séries temporais abrangentes, comparáveis ​​e transparentes para a saúde da população, incluindo expectativa de vida, expectativa de vida saudável, mortalidade e morbidade e carga de doença em nível global, regional e nacional desagregado por idade, sexo e causa, de 2000 em diante.

“Essas estimativas são produzidas usando dados das melhores fontes disponíveis dos países e da comunidade internacional”, disse o Dr. Bochen Cao, líder técnico das Estimativas Globais de Saúde da OMS. “Eles são baseados em métodos científicos robustos para o processamento, síntese e análise de dados. Essas estimativas atualizadas também se beneficiaram das valiosas contribuições dos Estados Membros da OMS por meio de consultas e diálogos ativos com os países ”.

A disponibilidade de serviços para prevenir, diagnosticar e tratar doenças é fundamental para reduzir mortes e invalidez, influenciando onde as diferentes condições são classificadas. Essas novas estimativas indicam claramente onde os investimentos adicionais em serviços são mais urgentes.

“Dados robustos de saúde são essenciais para enfrentar as desigualdades, priorizar políticas e alocar recursos para prevenir incapacidades e salvar vidas”, acrescenta a Dra. Samira Asma, Subdiretora Geral da Divisão de Dados, Análise e Distribuição para Impacto da OMS. “As Estimativas Globais de Saúde da OMS são uma ferramenta poderosa para maximizar o impacto econômico e na saúde. Apelamos aos governos e partes interessadas para investir urgentemente em dados e sistemas de informação de saúde para apoiar a tomada de decisão oportuna e eficaz.

Até hoje, COVID-19 tragicamente ceifou mais de 1,5 milhão de vidas . Pessoas que vivem com problemas de saúde pré-existentes (como doenças cardíacas, diabetes e problemas respiratórios) correm maior risco de complicações e morte devido ao COVID-19.

As autoridades de saúde em todo o mundo dependem de dados oportunos, confiáveis ​​e acionáveis ​​para tomar decisões informadas – isso é especialmente verdadeiro durante uma pandemia global. A próxima atualização dessas estimativas incluirá uma avaliação do impacto direto e indireto da pandemia COVID-19 na mortalidade e morbidade.

[1]  Consulte  www.who.int/countries  para obter a lista de países em cada região da OMS

Fonte: Organização Mundial da Saúde – OMS
Foto: setorsaude.com.br/arquivo Google

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Postado em 12 de julho de 2021

O Sistema Conselhos de Odontologia intensifica a defesa do Projeto de Lei 883/2019, que torna obrigatória a presença de profissionais de odontologia nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e demais unidades hospitalares de internações prolongadas.

CFO conduz estudo para verificar as possibilidades existentes a partir dos recursos humanos previstos na própria rede pública de saúde. Além de analisar as experiências reais e palpáveis dos estados e municípios que já possuem leis próprias que asseguram a obrigatoriedade da Odontologia Hospitalar.

A proposta é alinhar previamente, em conjunto com a Coordenação-Geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, caminhos estratégicos que minimizem o impacto financeiro, se há ou não possibilidade de remanejamento dos profissionais de Odontologia já atuantes no SUS para atualização no âmbito hospitalar. Essa articulação conta diretamente com o apoio das Comissões Parlamentar e de Odontologia Hospitalar da Autarquia.

CLIQUE AQUI e confira o Projeto de Lei 883/2019.

Fonte: CFO/Michelle Calazansimprensa@cfo.org.br

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Postado em 12 de julho de 2021

Iniciativa chama a população a doar após queda registrada em razão da Covid-19

A campanha nacional de doação de sangue foi lançada no Dia Mundial do Doador de Sangue, pelo Ministério da Saúde. O tema é “Doe sangue regularmente. Com a nossa união, a vida se completa”.

Cada doação de sangue pode beneficiar até quatro pessoas. Vítimas de acidentes, pessoas em tratamento de câncer, com anemias crônicas e que passaram por cirurgias estão entre as que precisam de doação de sangue.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a doação de sangue é um ato de solidariedade que reafirma o compromisso com a vida e chamou a população a doar. “É importante a doação regular de sangue. Doe sangue regularmente. Vamos nos unir para manter nossos bancos de sangue com reservas suficientes para atender a população brasileira”, afirmou. “É uma política pública muito bem-sucedida que antes, durante e após a crise sanitária continuará no centro das nossas atenções.”

“Neste momento, é necessário incentivar a prática entre nossos amigos e familiares para garantir a manutenção dos estoques de sangue nos hemocentros em todo o país. Por isso, a doação periódica e constante é essencial, mas podemos nos unir para aumentar o número de doações”, frisou a Primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Veja o vídeo da mensagem  em

https://youtu.be/8N_H-JJ8RZw
Incentivo à doação

Houve uma redução na doação de sangue em todo o país desde a chegada da Covid-19, de acordo com os dados do Ministério da Saúde. Em 2019, foram 3.271.824 coletas de sangue no Brasil e, em 2020, 2.958.665 por causa da menor circulação de pessoas provocada por conta do novo coronavírus.

O ministério alerta que, embora tenha havido redução das cirurgias eletivas no país, permanece diária a demanda de sangue por pessoas que têm doenças crônicas, fazem tratamento de câncer, sofrem acidentes e têm complicações em cirurgias e partos que causam hemorragias, por exemplo.

Depoimentos de doadores e receptores de sangue foram exibidos no evento. Um deles é Fernando Fidelis, que tem anemia falciforme e por isso precisa frequentemente de transfusão de sangue. “Eu tiro boa parte do meu sangue e tomo um outro sangue novo. Por conta dessa troca de sangue eu tenho uma vida normal”, contou.

Rede de atendimento

No Brasil, existem 32 hemocentros públicos, com pelo menos um em cada estado. Além de 2.175 serviços de hemoterapia, entre públicos e privados.

As unidades estão preparadas para acolhimento com medidas de prevenção à Covid-19, como agendamento para minimizar a aglomeração de pessoas, higienização das áreas, lavagem de mãos e uso de antissépticos.

Em 2020, o Ministério da Saúde investiu R$ 1,8 bilhão em toda a estruturação, modernização, qualificação de profissionais da rede de sangue e hemoderivados e no fornecimento de medicamentos de alto custo para pacientes portadores de doenças hematológicas.

Doação e vacina da Covid-19

O Ministério da Saúde tem incentivado os brasileiros a doarem sangue antes de serem vacinados. Isso porque há um impedimento temporário para que aqueles que receberam certos tipos de vacinas compareçam aos locais de doação.

No caso do imunizante produzido pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, por exemplo, o período de inaptidão temporária é de 48 horas após cada dose. Para quem recebeu a vacina AstraZeneca/Oxford, produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é de sete dias após cada dose.

O que é preciso para ser doador
  • Ter idade entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos. Os menores de 18 anos devem ter consentimento formal do responsável legal
  • Pesar no mínimo 50 kg
  • Estar alimentado. Não ingerir alimentos gordurosos antes da doação
  • Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas
  • Apresentar documento de identificação com foto emitido por órgão oficial. Serão aceitos documentos digitais com foto
  • Os doadores do sexo masculino devem manter um intervalo de dois meses entre uma doação e outra com o máximo de quatro doações no período de um ano. Para a mulher, o intervalo é de três meses com o máximo de três doações ao ano
  • Impedimentos temporários para a doação
  • Gripe, resfriado e febre: aguardar 7 dias após o desaparecimento dos sintomas
  • Infecção pelo novo coronavírus: aguardar 30 dias após a completa recuperação
  • Período gestacional
  • Período pós-gravidez: 90 dias para parto normal e 180 dias para cesariana
  • Amamentação: até 12 meses após o parto
  • Ingestão de bebida alcoólica: aguardar 12 horas após o consumo
  • Exames/procedimentos com utilização de endoscópio nos últimos 6 meses
  • Vacina da febre amarela ou sarampo: aguardar 4 semanas após a vacinação
  • Tratamento dentário cirúrgico como extração, tratamento de canal: 7 dias após o procedimento e/ou suspensão dos medicamentos
Impedimento definitivo
  • Ter passado por um quadro de hepatite após os 11 anos de idade
  • Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: hepatites B e C, Aids (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV 1 e 2 e doença de Chagas
  • Uso de drogas ilícitas injetáveis

Fonte: Governo Federal

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Postado em 7 de julho de 2021

Estados e municípios podem vacinar além dos grupos prioritários

A campanha de vacinação contra a gripe será ampliada para toda a população brasileira acima dos seis meses de idade. O anúncio foi feito neste sábado (03), pelo Ministério da Saúde, que já comunicou os representantes de estados e municípios do país. A partir de agora, as secretarias de saúde podem decidir qual a melhor forma de ampliar a imunização em cada município.

“Campanhas de imunização são prioridade do Ministério da Saúde e resolvemos ampliar a vacinação contra a Influenza para todos os grupos. O nosso objetivo é reduzir os casos graves de gripe que também pressionam o nosso sistema de saúde”, afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga

Se você não faz parte dos grupos prioritários, fique de olho na programação da sua cidade. A campanha conta com mais de 80 milhões de doses de vacinas Influenza produzidas pelo Instituto Butantan. Cerca de 79 milhões de brasileiros fazem parte do público alvo, que foi contemplado em três etapas, e é importante reforçar que ainda dá tempo de se vacinar.

Até agora, 34,2 milhões de pessoas estão imunizadas, o que representa cerca de 42{38dd7098b134459e6b6a501b5d8eb717e471c680ac2458a7508739dde9309265} dos grupos prioritários.

PÚBLICO PRIORITÁRIO

Para quem faz parte do público-alvo e ainda não foi se vacinar, o Ministério da Saúde reforça a importância de se proteger contra a gripe. A escolha dos grupos prioritários considera as pessoas que podem desenvolver formas mais graves da doença e a preocupação é ainda maior no inverno.

Fazem parte dos grupos prioritários: pessoas acima dos 60 anos, professores, crianças de seis meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto), povos indígenas, trabalhadores da saúde, pessoas com comorbidades e outras condições clínicas especiais, com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo rodoviário, urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, membros das forças de segurança e salvamento, Forças Armadas, funcionários do sistema de privação de liberdade e população privada de liberdade.

VACINA INFLUENZA E COVID-19

Como duas campanhas de vacinação da gripe e da Covid-19 estão acontecendo ao mesmo tempo, a orientação do Ministério da Saúde é para que a vacinação contra a Covid-19 seja priorizada nos grupos prioritários.

Assim, a população-alvo da vacinação contra gripe e que ainda não recebeu doses contra a Covid-19, deve receber antes a vacina Covid-19 e fazer o agendamento da aplicação da vacina influenza, respeitando um intervalo mínimo de 14 dias entre elas.

VACINE-SE!

Para se vacinar, é simples: vá até um serviço de saúde levando a caderneta de vacinação e um documento com foto, para que os profissionais de saúde localizem o cadastro no sistema de informação. No entanto, não ter a caderneta de vacinação em mãos não é impeditivo para tomar as vacinas ofertadas pelo Ministério da Saúde.

A população que ainda não estiver pré-cadastrada no SIPNI ou em uma unidade de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) pode apresentar um documento de identificação. Procure um serviço de vacinação do seu município para informações sobre o comprovante a ser apresentado.

O andamento da vacinação contra a gripe pode ser acompanhado pela plataforma LocalizaSUS.

Fonte: Ministério da Saúde
Foto: Tony Winston/MS

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Postado em 7 de julho de 2021

Pacientes com casos graves e críticos podem ser tratados com tocilizumab e sarilumab, juntamente com corticoides; bloquear a proteína facilita resposta do sistema imunológico; Organização Mundial da Saúde, OMS, respalda estudo científico que prova que medicamentos reduzem em 17{38dd7098b134459e6b6a501b5d8eb717e471c680ac2458a7508739dde9309265} o risco de mortes por coronavírus.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, está recomendando o uso de bloqueadores da interleucina 6, juntamente com corticoides, em pacientes com casos severos ou críticos de Covid-19.

A interleucina 6 é uma proteína envolvida na resposta inflamatória do organismo e serve para bloquear sua produção ajudando o sistema imunológico a combater o coronavírus.

Pesquisas

As novas recomendações da agência surgem após os resultados de um estudo científico publicado pela Associação Médica Americana. As pesquisas foram feitas com quase 11 mil pacientes hospitalizados com Covid-19, em 28 países.

A conclusão foi a seguinte: quando o tratamento no hospital inclui medicamentos que bloqueiam a interleucina 6, as chances de o paciente ser intubado ou morrer são menores.

O estudo, coordenado pela OMS em parceria com universidades britânicas, como a London King’s College, avalia os efeitos dos bloqueadores tocilizumab e sarilumab, que geralmente utilizados no tratamento da artrite reumatoide.

Em pacientes internados, administrar uma dessas drogas, juntamente com um corticoide, reduz o risco de morte por Covid-19 em 17{38dd7098b134459e6b6a501b5d8eb717e471c680ac2458a7508739dde9309265} e o risco do paciente ser intubado em 21{38dd7098b134459e6b6a501b5d8eb717e471c680ac2458a7508739dde9309265}, isso na comparação com o uso isolado de corticoides.

Ventilação Mecânica

A OMS explica que nas pessoas com casos severos de Covid-19 o sistema imunológico reage de forma exagerada, gerando a proteína interleucina 6.

Os estudos científicos testaram o uso de medicamentos que inibem esta proteína, como a tocilizumab e a sarilumab. Os pesquisadores da OMS avaliaram os benefícios clínicos, combinando dados de 27 ensaios clínicos em 28 países.

Pacientes que receberam os bloqueadores da interleucina 6 tiveram uma chance menor de morrer: 22{38dd7098b134459e6b6a501b5d8eb717e471c680ac2458a7508739dde9309265}, comparado com 25{38dd7098b134459e6b6a501b5d8eb717e471c680ac2458a7508739dde9309265} entre pessoas com formas severas de Covid-19 recebendo tratamento padrão.

Renda Baixa

A pesquisa também avaliou como esses medicamentos podem ajudar a diminuir necessidade de ventilação mecânica: em cada 100 internados nessa situação, mais sete irão sobreviver, sem precisar ser intubados.

A representante da OMS declarou que os resultados de pesquisas deste tipo são “uma das melhores maneiras de encontrar tratamentos que vão ajudar mais pessoas a sobrevirem à Covid-19”.

De acordo com Janet Diaz, “esses medicamentos precisam chegar às pessoas de países com rendas mais baixas”, já que existe uma desigualdade mundial na distribuição de vacinas e são essas populações que tem um risco maior de contrair formas graves e críticas da Covid-19.

Imagem: UNICEF-Bhushan Koyande

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Postado em 5 de maio de 2021

O Ministério da Saúde está investindo na estruturação e adequação da assistência odontológica no Sistema Único de Saúde (SUS) com mais um incentivo financeiro, instituído pela Portaria nº 3.017, publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (09/11). Equipes de saúde bucal (eSB) e os Centros Especializados Odontológicos (CEO) receberão mais de R$ 128 milhões para fortalecer a retomada dos atendimentos durante a pandemia da Covid-19. Os recursos são excepcionais e temporários por conta da pandemia da Covid-19, para a retomada segura dos atendimentos odontológicos.

“As Unidades Básicas de Saúde estão sendo fundamentais para o atendimento dos casos simples de síndrome gripal e de Covid-19, além de terem mantido e retomado em alguns municípios os serviços essenciais para a população durante a pandemia. Não poderia ser diferente para a saúde bucal, que agora recebe auxílio do governo federal para voltar a atender amplamente com qualidade e segurança”, reforça o secretário de Atenção Primária à Saúde (SAPS), Raphael Parente. A nova portaria faz parte do total de R$ 190 milhões destinados para adequações dos serviços de saúde bucal no contexto da pandemia.

Os R$128 milhões disponibilizados nesta segunda-feira poderão garantir para estados e municípios a aquisição de equipamentos e itens nos consultórios odontológicos definidos como permanentes, financiáveis pelo Ministério da Saúde. A distribuição dos recursos será feita com base nos serviços atendidos:

  • R$ 3.475,00 por equipe de saúde bucal da Estratégia Saúde da Família;
  • R$ 23.882,00 para CEO Tipo I credenciado;
  • R$ 27.357,00 para CEO Tipo II credenciado;
  • R$ 51.239,00 para CEO TIPO III credenciado.

Os gestores podem solicitar a adesão e assinar um  termo de compromisso no sistema egestorab.saude.gov.br, conforme prazo de disponibilização e adesão, a ser divulgado pelo Ministério. Em outro momento, serão divulgadas as solicitações habilitadas, assim como os valores a serem transferidos para cada ente federativo. Poderão ser beneficiadas equipes de saúde bucal e centros de especialidades odontológicas custeados na competência financeira de agosto de 2020.

A medida complementa os incentivos liberados na última semana, que garantem mais de R$ 61 milhões para a reorganização e adequação dos ambientes voltados à assistência odontológica na Atenção Primária e na Atenção Especializada à Saúde, beneficiando 27.339 equipes de saúde bucal da Estratégia Saúde da Família em 4.929 municípios brasileiros. A transferência dos recursos em parcela única para municípios e Distrito Federal foi instituída pela Portaria n° 3.008, publicada no DOU no dia 5 de novembro.

RETOMADA 

Os investimentos fazem parte da estratégia do Ministério da Saúde para apoiar a manutenção e estruturação dos serviços de saúde bucal, garantindo a segurança nos atendimentos odontológicos no SUS no contexto da pandemia do coronavírus.

Também será disponibilizado um guia que reúne um conjunto de recomendações que apoiará as análises e ações a serem implementadas para retomada gradual dos atendimentos ampliados em saúde bucal. Além disso, uma nota técnica será publicada para orientar os gestores sobre como utilizar os recursos para melhoria dos serviços de saúde bucal.

O Ministério da Saúde está apoiando a manutenção e a retomada dos atendimentos odontológicos, garantindo a segurança de pacientes e profissionais de saúde no contexto da pandemia do coronavírus.

Fonte: Agência Saúde

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Postado em 8 de abril de 2021

A COVID-19 causou um impacto injusto em algumas pessoas de forma mais severa do que em outras, exacerbando as desigualdades existentes em saúde e bem-estar dentro e entre os países. A OMS está emitindo cinco apelos para ações urgentes para melhorar a saúde de todas as pessoas.

Dentro dos países, doenças e mortes por COVID-19 têm sido maiores entre os grupos que enfrentam discriminação, pobreza, exclusão social e condições adversas de vida e trabalho – incluindo crises humanitárias. Estima-se que a pandemia tenha levado 119 a 124 milhões a mais de pessoas à pobreza extrema no ano passado. E há evidências convincentes de que aumentou as disparidades de gênero no emprego, com as mulheres saindo da força de trabalho em maior número do que os homens nos últimos 12 meses.

Essas desigualdades nas condições de vida das pessoas, serviços de saúde e acesso ao poder, dinheiro e recursos são antigas. Resultado: as taxas de mortalidade de menores de 5 anos entre as crianças das famílias mais pobres são o dobro das crianças das famílias mais ricas. A expectativa de vida para pessoas em países de baixa renda é 16 anos mais baixa do que para pessoas em países de alta renda. Por exemplo, 9 em cada 10 mortes globais por câncer cervical ocorrem em países de baixa e média renda.

Mas, à medida que os países continuam a lutar contra a pandemia, surge uma oportunidade única de reconstruir melhor para um mundo mais justo e mais saudável, implementando os compromissos, resoluções e acordos existentes, ao mesmo tempo que assume novos e ousados ​​compromissos.

“A pandemia COVID-19 prosperou em meio às desigualdades em nossas sociedades e às lacunas em nossos sistemas de saúde”, disse o Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, Diretor-Geral da OMS. “É vital que todos os governos invistam no fortalecimento de seus serviços de saúde e na remoção das barreiras que impedem tantas pessoas de usá-los, para que mais pessoas tenham a chance de viver uma vida saudável.”

A OMS está, portanto, emitindo cinco chamadas para ação:

Acelere o acesso equitativo às tecnologias COVID-19 entre e dentro dos países

Vacinas seguras e eficazes foram desenvolvidas e aprovadas em velocidade recorde. O desafio agora é garantir que eles estejam disponíveis para todos que precisam deles. A chave aqui será o apoio adicional à COVAX, o pilar da vacina no ACT-Accelerator, que espera chegar a 100 países e economias nos próximos dias.

Mas as vacinas por si só não vão superar o COVID-19. Produtos básicos como oxigênio médico e equipamentos de proteção individual (EPI), bem como testes diagnósticos confiáveis ​​e medicamentos também são vitais. O mesmo ocorre com os mecanismos fortes para distribuir de forma justa todos esses produtos dentro das fronteiras nacionais. O ACT-Accelerator visa estabelecer testes e tratamentos para centenas de milhões de pessoas em países de baixa e média renda que, de outra forma, ficariam de fora. Mas ainda requer US $ 22,1 bilhões para entregar essas ferramentas vitais onde são tão desesperadamente necessárias.

Investir na atenção primária à saúde

Pelo menos metade da população mundial ainda não tem acesso a serviços essenciais de saúde; mais de 800 milhões de pessoas gastam pelo menos 10{38dd7098b134459e6b6a501b5d8eb717e471c680ac2458a7508739dde9309265} de sua renda familiar em cuidados de saúde, e as despesas do bolso levam quase 100 milhões de pessoas à pobreza a cada ano.

À medida que os países avançam após o COVID-19, será vital evitar cortes nos gastos públicos com saúde e outros setores sociais. É provável que esses cortes aumentem as dificuldades entre os grupos já desfavorecidos, enfraqueçam o desempenho do sistema de saúde, aumentem os riscos à saúde, aumentem a pressão fiscal no futuro e minem os ganhos de desenvolvimento.

Em vez disso, os governos devem cumprir a meta recomendada pela OMS de gastar mais 1{38dd7098b134459e6b6a501b5d8eb717e471c680ac2458a7508739dde9309265} do PIB em cuidados primários de saúde (APS). As evidências revelam que os sistemas de saúde orientados para a APS têm produzido consistentemente melhores resultados de saúde, maior equidade e maior eficiência. Ampliar as intervenções da APS em países de baixa e média renda poderia salvar 60 milhões de vidas e aumentar a expectativa média de vida em 3,7 anos até 2030.

Os governos também devem reduzir o déficit global de 18 milhões de trabalhadores de saúde necessários para alcançar a cobertura universal de saúde (UHC) até 2030. Isso inclui a criação de pelo menos 10 milhões de empregos em tempo integral em todo o mundo e o fortalecimento dos esforços de igualdade de gênero. As mulheres prestam a maior parte da assistência social e de saúde do mundo, representando até 70{38dd7098b134459e6b6a501b5d8eb717e471c680ac2458a7508739dde9309265} de todos os profissionais de saúde e cuidados, mas elas não têm oportunidades iguais para liderar. As principais soluções incluem salários iguais para reduzir as disparidades salariais entre homens e mulheres e o reconhecimento do trabalho de saúde não remunerado das mulheres.

Priorizar saúde e proteção social 

Em muitos países, os impactos socioeconômicos da COVID-19, por meio da perda de empregos, aumento da pobreza, interrupções na educação e ameaças à nutrição, excederam o impacto do vírus na saúde pública. Alguns países já implementaram esquemas de proteção social ampliados para mitigar esses impactos negativos de dificuldades sociais mais amplas e iniciaram um diálogo sobre como continuar a fornecer apoio às comunidades e às pessoas no futuro. Mas muitos enfrentam desafios para encontrar os recursos para ações concretas. Será vital garantir que esses investimentos preciosos tenham o maior impacto sobre os mais necessitados e que as comunidades carentes se envolvam no planejamento e na implementação de programas.

Construa bairros seguros, saudáveis ​​e inclusivos

Os líderes da cidade muitas vezes têm sido campeões poderosos para melhorar a saúde – por exemplo, melhorando os sistemas de transporte e instalações de água e saneamento. Mas muitas vezes, a falta de serviços sociais básicos para algumas comunidades os aprisiona em uma espiral de doença e insegurança. O acesso a moradias saudáveis, em bairros seguros, com instalações educacionais e recreativas adequadas, é a chave para alcançar saúde para todos.

Enquanto isso, 80 por cento da população mundial que vive em extrema pobreza está em áreas rurais. Hoje, 8 em cada 10 pessoas que carecem de serviços básicos de água potável vivem em áreas rurais, assim como 7 em cada 10 pessoas que carecem de serviços básicos de saneamento. Será importante intensificar os esforços para alcançar as comunidades rurais com saúde e outros serviços sociais básicos (incluindo água e saneamento). Essas comunidades também precisam urgentemente de um maior investimento econômico em meios de vida sustentáveis ​​e melhor acesso às tecnologias digitais.

Fortalecer os sistemas de dados e informações de saúde

Aumentar a disponibilidade de dados oportunos e de alta qualidade desagregados por sexo, riqueza, educação, etnia, raça, gênero e local de residência é a chave para descobrir onde existem desigualdades e abordá-las. O monitoramento da desigualdade em saúde deve ser parte integrante de todos os sistemas nacionais de informação em saúde.

Uma avaliação global recente da OMS mostra que apenas 51{38dd7098b134459e6b6a501b5d8eb717e471c680ac2458a7508739dde9309265} dos países incluíram a desagregação de dados em seus relatórios de estatísticas de saúde nacionais publicados. O estado de saúde desses diversos grupos costuma ser mascarado quando as médias nacionais são usadas. Além disso, muitas vezes são aqueles que se tornam vulneráveis, pobres ou discriminados, os que têm maior probabilidade de não ter acesso aos dados.

“Agora é a hora de investir na saúde como motor do desenvolvimento”, disse o Dr. Tedros. “Não precisamos escolher entre melhorar a saúde pública, construir sociedades sustentáveis, garantir segurança alimentar e nutrição adequada, enfrentar as mudanças climáticas e ter economias locais prósperas. Todos esses resultados vitais andam de mãos dadas. ”

Fonte: Organização Mundial da Saúde – OMS

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